(Portuguese language)
"Uma ética que nos obrigue somente a preocupar-nos com os homens e a sociedade não pode ter esta significação. Somente aquela que é universal e nos obriga a cuidar de todos os seres nos põe de verdade em contato com o Universo e a vontade nele manifestada."
Albert Schweitzer (Nobel da paz - 1952)
A existência é como o mar, onde as ondas levam o instante presente e os devolve transformado em recordação. as memórias impressas nos permitem analisar e refletir o acontecido, e o que ficou registrado, vai forjando o ser do passado.
No entanto, Breno Linhares desperta em um hospital com todas as suas vivências apagadas e, logo, se encontra diante do grande interrogante: Quem sou eu?
Na medida em que busca as respostas sobre si mesmo, o acaso parece persegui-lo como uma forma de lhe tomar a direção de seus pés, colocando em suas mãos evidências que sinalizam que um suposto suicídio de uma desconhecida na verdade foi um homicídio e que a solução de um crime pode conter a chave que destrancará suas lembranças.
Histórias que se cruzam, situações que se amaranham como fios invisíveis que guiam a corrida contra o tempo. Destarte, inconsciente, também estamos correndo, tão ansiosos em alcançar um futuro, que não enxergamos que ele está sendo formado nesse exato momento. Tempo que se vai, escorre entre os dedos como areia, nessa grande ampulheta que é a vida, onde desperdiçamos cada segundo do presente, enquanto abrimos mão do ouro para carregar pedras, esperando dias melhores que nunca vão acontecer enquanto não nos tornarmos seres melhores. na medida em que as peças do quebra-cabeça vão se encaixando em um inesperado e surpreendente desfecho, a grande questão que se forma é: Seria possível deixar de viver ao acaso e forjar o próprio destino?
